O Samsara é a ilusão em movimento; é a nossa tendência para criar um mundo só nosso que fomenta o mundo utópico também criado pelos outros e que tende a desabar, encontrando-se condenado ao sofrimento porque não é real, apesar de ser muito prazeroso. “Cego é aquele que não quer ver” já diz o ditado popular, mas as vezes vivemos esses mundos com tanta intensidade que deixamos de conseguir discernir; de conseguir distinguir o real do irreal. Tornamo-nos excêntricos de tanto acreditarmos na sua existência. Enlouquecemos. Mas um dia parei para pensar e cheguei à conclusão de que o meu mundo poderia existir se o homem fosse mais humano. Actualmente, vive-se na ilusão de que a ciência conseguirá aos poucos acabar com o sofrimento das pessoas, mas se as pessoas deixarem de sofrer, deixarão de ser humanas. Na minha opinião é o conjunto de sentimentos, emoções e sensações que formam o ser humano e não apenas a sua racionalidade. Todos nós temos de passar ao longo da vida por um roll de adversidades para amadurecermos. Não conheço boas pessoas que não tenham passado por vários problemas difíceis de ultrapassar. O sofrimento é que faz o mundo girar. O problema é que quase sempre são os pobres que sofrem. O capitalismo e o materialismo tomaram conta do mundo. Aqueles que poderiam acabar com o sofrimento do pobre não ajudam. Aliás, chegámos ao ponto que dizermos que gostaríamos que o sofrimento dos outros acabasse passou a ser piada. O tempo do Robin Wood já lá foi…e se o sofrimento é necessário, ao menos que seja igual para todos, assim não haveria tanta injustiça.
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segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008
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