Após a 1ªGuerra Mundial, a Europa perdeu a sua hegemonia e assistiu à ascensão dos Estados Unidos que já tinham contribuído para o financiamento de guerra, acabando por ficar deles dependente. Após a 2ªGuerra Mundial, deu-se o início do período da Guerra Fria ou conflito Leste-Oeste, caracterizado, essencialmente, pela impossibilidade de contacto directo, assim como, pela corrida aos armamentos e conflitos regionais. O mundo bipolarizou-se, ficando dividido entre o bloco capitalista (E.U.A.) e o bloco comunista (URSS) na luta pela hegemonia mundial. Cada bloco procedeu a alianças militares - a NATO (E.U.A.) e o Pacto de Varsóvia (URSS). Na tentativa de contenção do expansionismo comunista, os Estados Unidos prontificaram-se a "ajudar" a reconstrução europeia , através do Plano Marshall em 1947 e o Japão, em 1948, através do Plano Dodge. O bloqueio e a construção do muro de Berlim solidificaram a ideia de incomunicabilidade entre os dois blocos. A Guerra Fria foi caracterizada por diferentes fases, tais como a coexistência pacífica ou o desanuviamento, entre outras. O facto é que, quando em 1989 ocorreu a queda do muro de Berlim, a guerra terminou, e mais tarde, com as reestruturações de Gorbatchev na Rússia, o bloco soviético desintegrou-se, deixando aos Estados Unidos a hegemonia mundial. Actualmente, «(...) os Estados Unidos tornaram-se na maior potência militar do planeta», com «(...) milhares de marinheiros e fuzileiros-navais a bordo de navios espalhados pelos mares de todo o mundo, além de quase trezentos mil soldados colocados em mais de 120 países, com bases militares em 63» e interviram em muitos países estrangeiros, desejosos de aplicar a sua influência para atingir os seus objectivos de interesse nacional. Ao contrário do que é dito pelos presidentes americanos, a realidade é que os Estados Unidos, apesar de se afirmarem opositores da guerra e tentarem resolver os conflitos por meios pacíficos, são os causadores da mesma. As suas intervencões ditas "humanitárias" são uma desculpa para invadir e dominar países possuidores de ouro negro ou petróleo e é claro que por isso estão «(...)dispostos a liderar outros países industrializados na partilha da (...) riqueza com aqueles que nada têm». Na minha opinião, é a expressão máxima de imperialismo e neocolonialismo disfarçados. Por outro lado, a Europa está a tentar emancipar-se dos Estados Unidos para uma possível e nova competição pela hegemonia mundial, através da aposta nas energias não renováveis. Caso isso aconteça, os Estados Unidos poderão ter um rival à medida, impedindo-o desse modo de determinar a seu favor o rumo do planeta.
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