segunda-feira, 12 de novembro de 2007

“O Homem é um ser eminentemente socio-cultural”


«O Homem é um ser eminentemente socio-cultural», pois está inserido numa determinada comunidade e cultura, sendo capaz de influenciar e transformar o mundo à sua volta, de modo a satisfazer as suas necessidades e realizar-se enquanto indivíduo. Assim sendo, para além de uma base biológica, o indivíduo detém uma componente social, da qual resulta o seu comportamento. O indivíduo só poderá ser compreendido aquando de uma interacção com os grupos a que pertence, que o orientam e limitam simultaneamente. O Homem é, efectivamente, um “animal social”.
Com o processo de socialização (que ocorre logo após o nascimento), o ser humano interioriza os elementos socio-culturais que lhe permitem adaptar-se ao meio envolvente, ultrapassando situações novas, evoluindo na sua maneira de ser e de estar. O processo de socialização integra portanto, padrões de cultura, ou seja, normas sociais que equivalem a modelos de comportamento socialmente aceites, preestabelecidos por um grupo específico de indivíduos, cujas acções podem ser efectuadas de modo consciente ou inconsciente, que o indivíduo é incumbido de respeitar e obedecer.
A propósito, Rousseau afirma que «O Homem nasceu livre e em toda a parte se encontra algemado», pois apesar de ser considerado à priori um "bom selvagem", é corrompido pela sociedade através da pressão social.
Quando as mesmas normas são adoptadas por todos os indivíduos do mesmo grupo, extingue-se a capacidade crítica dos seus elementos, o que influenciará, efectivamente, a personalidade do indivíduo em particular, na medida em que, o impede, por parte, de construir a sua própria identidade. Assim, tornar-se-á num sujeito conformado com o mundo em que vive, aceitando tudo aquilo que lhe é dado ou imposto. Rousseau propõe-nos então, um mergulho introspectivo pela busca do nosso lado natural, do nosso lado selvagem, do nosso verdadeiro "eu", o "eu" que é livre, pois como já acima foi referido, acredita que o ser humano é originalmente bom e inocente, íntegro e primitivo.
Por outro lado, os indivíduos inconformados são objecto de crítica, marginalizados muitas vezes, mas ainda assim estão na base da mudança social. São estas minorias que, resistindo à pressão social para o conformismo e obediência, conseguem estabelecer condições para o progresso, na medida em que influenciarão cada grupo existente em cada sociedade e, consequentemente, todo o mundo.
Nestes “jogos de influência”, o ser humano recebe e produz cultura, sendo esta espelho dos costumes, língua, etc., do povo ou do grupo em que se insere. À difusão e interiorização de duas ou mais culturas distintas, designa-se por processo de aculturação. Finalmente, a relatividade cultural é o fenómeno responsável por grande parte da diversidade comportamental entre os homens provenientes de diferentes culturas.

terça-feira, 6 de novembro de 2007

Sociedade & Direito

O ser humano dotado de racionalidade, apercebeu-se que para regular a vida social, era imprescindível o estabelecimento de uma conduta, de leis que defenissem limites nas relações entre indivíduos. Surgiu então o Direito com a sua essência coercitiva que permite a coexistência minimamente pacífica da comunidade, juntamente com as consequências correspondentes a determinadas situações. Há efectivamente uma necessidade de existência de normas porque sem elas não há nem poderá haver sociedade, mas sim anarquismo. Qualquer lei tem de ser interpretada para ser aplicada e é fulcral que se fixe o seu verdadeiro sentido senão poderá constituir letra-morta, ou seja, não terá qualquer utilidade. O Direito é um espelho reflector das concepções e dos problemas existentes na sociedade e é natural que as leis acompanhem a evolução social, sendo modificadas constantemente. O Direito tem como finalidade o equilíbrio, a mediação de situações com o intuito de solucionar conflitos de interesses e organizar os poderes públicos, e é nele que reside a necessidade de existência do mesmo. As leis escritas também são importantes porque limitam o poder, evitando desse modo a arbitrariedade de governantes. O Estado deve andar de mãos dadas com o Direito, pois este permite-lhe proporcionar equilíbrio e bem-estar aos seus cidadãos através da garantia de igualdade de direitos e oportunidades. Quanto mais leis houver, mais protegidos estaremos e o homem quanto mais direitos tem, mais evolui. A sociedade existe enquanto organização responsável, respeitável caracterizada por uma mentalidade homogénea. Contudo, houve alguém que um dia disse: "podem prender um homem, mas nunca as suas ideias", pois o que temos de mais forte em nós é a liberdade de pensamento. Nunca duvidem disso...

segunda-feira, 5 de novembro de 2007

Don't need more words


Don't need more words

Just look into my eyes

You'll see what I've wanted
to say for so long
and no longer have to hide
Blind in the dark
only god knows why
Together in the dark
Don't say a word,
just hold me tight
There’s so much I could say
But you know I don’t need more words
Just need you by my side
Today!