terça-feira, 9 de outubro de 2007

Neurotic girl


Yeah, I’m a neurotic girl

I see in every heart a murderer
I see in every word a lie
I see it all with my eyes shut
And I can also read what’s in your mind

I see you, you could see me
As you could see the truth
but you don’t want to see it

You’ll never understand
Lies are easiest for you
Don’t fear me
I’m not like you

Come, come again
Put the knife in
Blood gives me strenght
Your kindness creeps me

Don’t fear me
I’m not like you
You’ll never understand
Lies are easiest for you

Oh, don’t bother
Your ignorance amuses me
I’ll tell you a secret
I love when you rape me

Yeah,you’re right
I’m a neurotic girl
I’m what
Your eyes like to see



Basta!

Actualmente, a violência doméstica ou intra-familiar continua em peso. Em pleno séc. XXI e após todos os avanços que a humanidade já presenciou, observa-se ainda uma fraca evolução de mentalidade e comportamentos a este nível. Todavia, consta que muitos dos casos encontram-se associados ao consumo de álcool, pois a bebida torna a pessoa, em alguns casos, mais agressiva. Será pois importante sublinhar que a vítima deverá denunciar o agressor, mesmo que mais tarde este apresente um comportamento normal enquanto não embriagado. Lenore Walker apresentou o “Ciclo de Violência” que consiste em três fases: Lua-de-mel – caracterizada por afeição, reconciliação, e aparente fim da violência; Surgimento da tensão – caracterizada por pouca comunicação, tensão, medo de causar explosões de violência; e, finalmente, a Acção – caracterizada por explosões de violência, abusos. Depois tudo volta ao mesmo, é um ciclo vicioso que tem de ser interditado antes de ser tarde demais. Estatisticamente, a violência contra a mulher é muito maior do que contra o homem, contudo, embora invulgar, também existe. Ao contrário do que muita gente pensa, a violência doméstica não representa apenas violência e/ou abuso sexual contra o parceiro, inclui também a violência, abandono e/ou abuso sexual contra crianças e maus-tratos contra idosos. Existem também vários tipos de violência, nomeadamente, a «violência física – quando envolve agressão directa contra pessoas queridas do agredido ou destruição de objectos pertencentes do mesmo; violência psicológica – quando envolve agressão verbal, ameaças, gestos e posturas; e violência socio-económica – quando envolve o controlo da vida social da vítima ou dos seus recursos financeiros. A violência doméstica é um padrão de comportamentos. Creio que é somente considerada válida quando sistemática, pois uma série de factores podem conduzir a uma agressão a dada altura. O Conselho da Europa definiu a violência doméstica como “Qualquer acto, omissão ou conduta que serve para infligir sofrimentos físicos, sexuais ou mentais, directa ou indirectamente, por meio de enganos, ameaças, coacção ou qualquer outro meio, a qualquer mulher, e tendo por objectivo e como efeito intimidá-la, puni-la ou humilhá-la, ou mantê-la nos papéis estereotipados ligados ao seu sexo, ou recusar-lhe a dignidade humana, a autonomia sexual, a integridade física, mental e moral, ou abalar a sua segurança pessoal, o seu amor próprio ou a sua personalidade, ou diminuir as suas capacidades físicas ou intelectuais.” Caso seja mais uma vítima, deve recorrer ao hospital local para ser observada e tratada, sendo fundamental a denúncia do agressor. Pode também dirigir-se a Gabinetes Médico-Legais em Hospitais espalhados por todo o país, pois « (…) podem receber denúncias e praticar os actos cautelares necessários e urgentes para assegurar os meios de prova (…)» procedendo, nomeadamente, ao exame de vestígios, comunicando imediatamente ao Ministério Público. Quando se dirigir ao posto da GNR, polícia judiciária ou directamente ao Tribunal, faça-se acompanhar por um familiar ou pessoa amiga para ter testemunhas da ocorrência. Se se sentir ameaçada tem o direito de sair de casa, o que não prejudica o direito de ficar com os filhos. «Os maus tratos constituem um crime punido com pena de prisão ou de multa, podendo ainda ser aplicada a pena acessória de proibição de contacto com a vítima, incluindo a de afastamento desta.» Caso seja vítima de violação, «É muito importante que conserve as provas materiais da violação, pelo que não deve lavar-se até ser observada por um/a médico/a, devendo aguardar, sem lavar a roupa que vestia no momento.» «Para além de um exame médico geral, fazem-lhe um exame ginecológico para detecção de possíveis lesões e de restos de sémen. Se possível faça-se acompanhar por um familiar ou pessoa amiga.» «(…) se confirmar uma gravidez a lei da interrupção voluntária da gravidez permite-lhe, em tal circunstância, a prática do aborto.» O crime de violação é punido com pena de prisão e desde que não haja consentimento da mulher para a prática do acto sexual, cópula, coito anal ou coito oral, este pode ser considerado crime de violação, independentemente da existência de laços de parentesco ou de afinidade entre o autor do crime e a vítima.» No local de trabalho, considera-se vítima de assédio sexual, alguém que é sempre «(…) obrigada a suportar, contra a sua vontade, da parte do empregador, patrão, superior hierárquico ou colegas de trabalho, olhares ofensivos, alusões grosseiras, humilhantes, embaraçosas, convites constrangedores, exibição de fotos pornográficas, toques, gestos e, por vezes, coacção sexual (…) , «(…) com recurso à violência ou a ameaça grave.» A vítima deve então, «(…) guardar todas as mensagens escritas ou outras que receber do abusador enquanto meios de prova preciosos que são, para eventual procedimento; deve comunicar com os seus colegas de trabalho; deve participar à Comissão Para a Igualdade no trabalho e Emprego (CITE) e ao sindicato).»

Se necessitar de ajuda contacte:

http://www.fjuventude.pt/programas/sites/violência/

Poderá lá encontrar recursos e contactos preciosos.

Mad love...



For love, for love…
What would you do?
For love, oh love
Are you sure that it’s true?

For love you can die
Or just fall deep down inside
For love you can kill…
Are you sure that it’s real?
Mad love…

"Black or white, we have all the same color when you turn of the light"

Seja qual for a cor da nossa pele, somos todos iguais quando se apagam as luzes, somos todos iguais a partir do momento em que fechamos os olhos e começamos a ver com o coração. O racismo, mais do que uma tendência de pensamento, é uma convicção alimentada por indivíduos que por possuírem determinadas características físicas, psicológicas ou efectuarem manifestações culturais diferentes, se acham superiores em relação aos outros que não possuem as mesmas características.
Em pleno século XX, políticos racistas mantiveram a população da África do Sul sob Apartheid. Todo o tipo de infra-estruturas e veículos públicos possuíam sinais de distinção para brancos e negros. A crença da existência de raças superiores e inferiores foi utilizada demasiadas vezes para justificar a escravidão, por exemplo, durante o tempo do Brasil colonial, o domínio de determinados povos por outros, o sangue derramado nos genocídios que ocorreram durante toda a história da humanidade, como por exemplo o caso dos judeus assombrados pelo nazismo (anti-semitismo). Da minha perspectiva ser racista é uma questão de educação, de compreensão e tolerância, desse modo conseguimos aceitar as diferenças do outro. Os pais muitas vezes influenciam os filhos, ainda crianças, nas suas convicções e valores futuros, afirmando que “os pretos são maus”, “os pretos roubam e matam”, “cuidado com os pretos, vê se eles te agarram”. Pessoalmente, choca-me passar pela rua e ver escrito nas paredes “morte aos pretos”. Temos que acabar com tudo isto rapidamente. Afinal, onde está a liberdade? Porque é que há esta necessidade de homogeneização? Até onde é que ela nos conduzirá? O racismo acabou por ser uma herança cultural, passada de pai para filho e assim sucessivamente, que se multiplica a cada minuto, mas que ninguém justifica. É de facto um problema a nível social, pois a sociedade é que inventou as “raças”. A teoria da superioridade racial, tal como a raça ariana de Hitler, foi ultrapassada com vários estudos científicos, os quais demonstram que os grupos humanos actuais são, na sua maioria, produto de mestiçagens. Então, se não existem raças, porquê a existência do racismo?
O preconceito, a discriminação, etc, são demonstrações de pura ignorância. Se todos somos iguais, porquê o elitismo social? Uma vez mais, porquê o racismo? Não é certo que todos temos direito à vida e todos somos um dia convocados à morte? Então? A vida é tão frágil e efémera e ainda assim o racismo persiste. Não é uma ilusão.
Na minha opinião, cada um deve fazer uma introspecção, tentar ver o mundo de outra perspectiva porque se o ser humano erra, todos sabemos que é verdade, mas também é verdade que ele é capaz de mudar e de se transcender.
Toda esta questão culminou na Declaração Universal dos Direitos do Homem, pena é que ainda muita gente não a entenda…Era bom que Martin Luther King ainda estivesse vivo para que pudesse continuar a lutar pelo seu sonho e o estendesse por todo o mundo, pois como disse no seu célebre discurso, pronunciado na escadaria do Monumento a Lincoln, em Washington, ouvido por mais de 250.000 pessoas de todas as etnias: «Agora é o tempo de sairmos do vale escuro e desolado para o iluminado caminho da justiça racial. Agora é tempo para retirar o nosso país das areias movediças da injustiça racial para a rocha sólida da fraternidade.» Concluindo, concordo plenamente com quem uma vez disse que: «O tiroteio à nossa volta quase não nos deixa ouvir. Mas a voz humana destaca-se de todos os outros sons. Sobrepõe-se aos ruídos que silenciam tudo o resto. Mesmo quando não grita. Mesmo quando não passa de um sussurro. O mais ténue dos sussurros sobrepõe-se ao clamor das armas quando fala verdade.»
Caso necessite de ajuda contacte: www.sosracismo.pt/